O SETOR DE REPRODUÇÃO HUMANA DO DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – FMRP/USP OFERECE DOIS ESTÁGIOS

ESTÁGIO PUBLICO ALVO
Estágio de Complementação Especializada em Reprodução Humana Médicos que finalizaram o 3º ano de residência em Ginecologia e Obstetrícia
Estágio de Médico Adido Reprodução Humana para médicos com residência em Ginecologia e Obstetrícia ou portadores do TEGO

Sexologia para médicos com residência em Ginecologia e Obstetrícia ou portadores do TEGO

ESTÁGIO DE COMPLEMENTAÇÃO ESPECIALIZADA EM REPRODUÇÃO HUMANA

O Estágio de Medico Adido – Estágio de Complementação Especializada, na área de Reprodução Humana, tem duração de um ano  e visa oferecer o embasamento teórico e prover os cenários de prática profissional que permitam ao médico estar capacitado para o correto desempenho profissional na área de Reprodução Humana, com ênfase em Infertilidade Conjugal, Reprodução Assistida, Ginecologia Endócrina e Infanto-Puberal, Anticoncepção e Climatério. O estagiário terá 4 semanas de férias.

Os objetivos específicos do estágio são:

  • Oferecer condições para o diagnóstico e o tratamento da infertilidade conjugal.
  • Fornecer subsídios para a indicação das técnicas de Reprodução Humana Assistida de baixa complexidade (inseminação intra-útero) e alta complexidade (fertilização in vitro – FIV e injeção intracitoplasmática de espermatozóide – ICSI).
  • Oferecer condições para a indicação da estimulação ovariana farmacológica para técnicas de Reprodução Humana Assistida de baixa e alta complexidade.
  • Capacitar o profissional para a realização de monitoramento do desenvolvimento folicular em procedimentos de indução da ovulação para coito programado e inseminação intra-uterina.
  • Fornecer ao profissional as noções básicas de aspiração folicular em ciclos estimulados com gonadotrofinas e de transferência de embriões.
  •  Fornecer ao profissional as noções básicas sobre preparo endometrial para procedimentos de transferência embrionária em ciclos de embriões criopreservados.
  • Propiciar noções de rotina do Laboratório de Andrologia e Fertilização in vitro.
  •  Reconhecer que o planejamento familiar inclui medidas relativas à contracepção e abordagem da infertilidade.
  • Capacitar o médico para realizar o diagnóstico diferencial e abordagem terapêutica das principais etiologias de anovulação crônica.
  • Capacitar o profissional a reconhecer a evolução puberal normal e diagnosticar e conduzir clinicamente as portadoras de puberdade precoce.
  •  Capacitar o profissional para realizar o diagnóstico e tratamento das disfunções sexuais femininas e terapia hormonal para os portadores de distúrbios da identidade de gênero (transexuais, travestis).
  • Atualizar o médico em contracepção hormonal e não hormonal, capacitando-o a oferecer o método mais apropriado para mulheres com e sem morbidades associadas, nas diferentes fases da vida.
  • Capacitar o médico para o adequado atendimento de mulheres climatéricas, com ênfase para a racionalidade propedêutica, abordagem terapêutica hormonal e não hormonal.

Resumo do programa:

2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

1

Lab GO

M

7:30H

Lab1 GO

Lab1 GO

Lab1 GO

Lab1 GO

Lab1 GO

T

13:30H

AV

AV

US

AV

US

2

Lab GO 2

M

7:30 às 14:00 H

Lab2 GO

Lab2 GO

Lab2 GO

Lab2 GO

Lab2 GO

T

US

AV

AV

US

AV

3

Ambulatório1

M

ACLI

AEST

AESH

AACG

AECG

T

Revisão dos prontuários do AEST

AGIP

Reunião DDS- 4ªf antes da última 6ªf do mês

AV

AV

DDS (qdo apresentada necessidade de avaliação na reunião da 4ª feira)

AV

4

Ambulatório2

M

ACLI

AEST

AV

AACG

AECG

T

AMB Soro discordante

AGIP

AV

Revisão dos prontuários do AECG

AV

NOTA: AV: área verde

LAB 1: responsável por:

  • Consulta Pré-basal: realizada na fase folicular precoce do ciclo menstrual que antecede o ciclo de reprodução assistida. Neste dia a paciente vem em jejum e é submetida a coleta de sangue, US transvaginal (com contagem de folículos antrais) e avaliação médica (checar se todos os exames estão em dia e definir uso de agonista ou antagonista do GnRH)
  • Reunião pré-basal: a ser agendada com o docente escalado como responsável pelo basal, antes do início do basal. Avaliar todo o prontuário médico, anotar todos os dados clínicos/laboratoriais na ficha do ciclo de RA ao qual a paciente será submetida e fazer o resumo na folha da frente do prontuário. Preencher, datar e assinar a folha de ata e pegar a assinatura do responsável.
  • Reunião com urologia: a ser agendada com o responsável da urologia, antes do início do basal (falar com ele no AEST ou por celular). Separar todos os casos com indicação de PESA/TESE ou com menos de 1 milhão de espermatozoides / mL (espermograma feito até 3 meses antes do basal). Preencher, datar e assinar a folha de ata e pegar a assinatura do responsável.
  • Revisão pós-basal: a ser agendada com o docente escalado como responsável pelo basal, logo após o término do basal. Reavaliar o prontuário médico, checar se todos os dados clínicos/laboratoriais estão adequadamente preenchidos na ficha do ciclo de RA ao qual a paciente foi submetida e preencher dados que estiverem faltando. Checar se os TCLE (reprodução assistida e congelamento de óvulos e/ou embriões, caso este últimos procedimentos tenham sido realizados) foram preenchidos e assinados pelo médico e pacientes. Preencher, datar e assinar a folha de ata e pegar a assinatura do responsável.
  • Acompanhamento clínico/ecográfico das pacientes realizando indução da ovulação para IUI/ICSI e realização das inseminações intra-uterinas.

LAB2: responsável pelos procedimentos (CO, TE, TEc). Acompanhamento das captações oocitárias e, a critério do ultrassonografista responsável pela punção, realização do procedimento sob supervisão. No primeiro semestre acompanhamento, como observadoras, das transferências embrionárias (embriões frescos e congelados). No segundo semestre, a critério do preceptor clínico responsável, poderão realizar transferências embrionárias (embriões frescos e congelados) em casos selecionados. Realização do agendamento das captações no computador e revisão dos casos no dia do agendamento. Das 13 às 14 horas estar disponível para atendimento das ligações telefônicas das pacientes.

Descrição dos cenários de ensino-aprendizagem:

Ambulatórios: atendimento das pacientes e acompanhamento das discussões de casos clínicos sob supervisão (médicos assistentes e docentes do Setor de Reprodução Humana).

Perfil dos ambulatórios:

  • ACLI (ambulatório de climatério): atendimento predominantemente de pacientes no período da perimenopausa ou pós menopausa, natural ou prematura, com sintomatologia decorrente de hipoestrogenismo e/ou sangramento vaginal anormal significativo que sejam  portadoras de alguma co-morbidade associada, tais como: doenças oncológicas, hipertensão arterial, dislipidemias, colelitíase, diabetes, doenças auto-imune; pacientes climatéricas de alto risco de desenvolver osteoporose que necessitam seguimento e orientação, tais como: fratura com trauma de baixo impacto, IMC < 21 Kg/m2, forte história familiar de osteoporose, uso de glicocorticóides sistêmicos (por mais de 3 anos), excluindo tabagismo apenas; mulheres que mantenham ondas de calor com a TRH convencional da rede.
  • AEST (ambulatório de esterilidade): casais com diagnóstico de infertilidade de causas diversas, com indicação de tratamento de baixa (monitorização de ciclo natural ou induzido) ou de alta complexidade (IIU, FIV/ ICSI, transferência de embriões).
  • AFERT (ambulatório de fertilidade): casos de aborto de repetição e tentativa de preservação de fertilidade pré-terapias potencialmente esterilizantes.
  • AESH (ambulatório de estudos em sexualidade humana): pacientes com disfunções sexuais e seus parceiros disfuncionantes (desejo sexual hipoativo, insatisfação sexual, dispareunia, vaginismo) e casos de transtorno de identidade de gênero (transexuais, travestis).
  • AGIP (ambulatório de ginecologia infanto-puberal):predominantemente crianças e adolescentes com anomalias Mullerianas, anovulação crônica e puberdade precoce.
  • AACG (ambulatório de anticoncepção):pacientes com comorbidades e com desejo de contracepção.
  • AECG (ambulatório de endocrinologia ginecológica):pacientes com distúrbios endócrinos relacionados à anovulação crônica, amenorréia primária, malformações müllerianas e estados intersexuais.
  • Laboratório de GO: acompanhamento de ciclos de indução de ovulação para Reprodução Assistida de baixa complexidade (monitorização de ciclo natural ou induzido) e de estimulação ovariana para tratamentos de RA de alta complexidade (IIU, FIV/ ICSI, transferência de embriões). Para tal haverá acompanhamento das ultrasonografias de monitorização dos ciclos, realização de procedimentos de captação de oócitos, acompanhamento dos casos de transferência de embriões (frescos e após descongelamento).